terça-feira, 2 de março de 2021

No século doze, duas crianças verdes foram encontradas ,Crianças verdes de Woolpit






No século doze, duas crianças verdes foram encontradas por trabalhadores do local... nos campos de uma aldeia chamada Woolpit. Localizada no Condado Inglês de Suffolk. Durante o reinado do Rei Estevão da Inglaterra, um fato estranho aconteceu na aldeia de Woolpit, que fica ao leste da Inglaterra dentro do Condado de Suffolk. Enquanto os camponeses faziam a colheita, duas crianças saíram de umas valas profundas, conhecidas como "poços de lobo". Eram um menino e uma menina, que tinham a pele de uma tonalidade verde, e usavam roupas de cores e materiais estranhos. Eles ficaram vagueando por uns minutos por ali... antes que os camponeses percebessem a presença deles... e os levassem para a aldeia. Ninguém conseguia entender o que eles diziam, pois eles falavam uma língua estranha. Então, as duas crianças foram levadas para a casa de um fazendeiro local... chamado Sir Richard de Calne. Quando chegaram lá os dois começaram a chorar... e se recusaram a comer pão e outros alimentos que foram oferecidos para eles. Por vários dias as crianças não comeram nada... até que os aldeões trouxeram para eles feijões recém-colhidos... e então eles passaram vários meses se alimentando deles... até que começaram a comer pão também. O tempo foi passando e o menino que parecia ser o mais novo dos dois, foi ficando deprimido até que adoeceu e acabou morrendo. A menina sobreviveu e conseguiu se adaptar à sua nova vida. Sua pele com o tempo foi perdendo gradualmente a coloração verde... e ficando com uma tonalidade comum. Ela cresceu saudável, aprendeu a falar Inglês... e posteriormente se casou com um homem de King's Lynn, um condado vizinho de Norfolk, aparentemente se tornando "liberal demais e de conduta indecorosa". Algumas fontes afirmam que ela usava o nome de "Agnes Barre"... e o homem com quem ela teria se casado era um embaixador do Rei Henrique II. Mais tarde quando a garota foi questionada sobre o seu passado, ela só foi capaz de contar alguns detalhes bem vagos... sobre de onde ela e o menino haviam vindo e de como chegaram a Woolpit. Ela afirmou que ela e o menino eram irmãos, e tinha vindo de um lugar chamado "Terra de Saint Martin"... onde sempre era noite, e todos os habitantes eram de cor verde como eles. Ela não tinha certeza do local exato onde ficava sua terra, mas se lembrava de um grande rio que separava a sua terra natal... de uma terra que ela dizia ser "luminosa". Ela disse que ela e o irmão estavam nos campos ajudando a cuidar dos rebanhos do pai... e quando foram seguir um dos animais que havia se desgarrado por uma caverna... eles ouviram o som alto de sinos. Como que hipnotizados eles ficaram vagando na escuridão por um longo tempo... até que chegaram na saída dessa caverna, onde foram imediatamente cegados pela luz do Sol. Eles se deitaram atordoados por um longo tempo, depois ao ouvirem o barulho dos camponeses... eles se assustaram e tentaram fugir, mas não conseguiram localizar a entrada da caverna... por onde haviam saído e foram capturados. As duas fontes originais dessa história são do século doze. O primeiro foi William de Newburgh (1136-1198), um historiador Inglês e monge do condado de Yorkshire. Sua principal obra é "A História das Relações Inglesas", que são histórias passadas na Inglaterra no período de 1066 a 1198, e uma dessas histórias é a das crianças verdes. A outra fonte é Ralph de Coggeshall morto em 1228, que foi o sexto abade da Abadia de Coggeshall, no condado de Essex entre os anos de 1207 a 1218. Seu relato sobre as crianças verdes está incluído nas "Crônicas Anglo-Saxônicas"... na qual ele contribuiu entre os anos de 1187 a 1224. Como pode ser visto a partir dessas datas, ambos os autores registraram o caso muitos anos depois... que esses fatos teriam ocorrido. O fato de não haver nenhuma menção das crianças verdes... nas "Crônicas Anglo-Saxônicas" já que se trata de uma publicação inglesa... que trazia várias "histórias maravilhosas"... na época até a morte do Rei Estevão em 1154, pode indicar o fato que a história das crianças verdes... na verdade se passaria no reinado de Henrique II. Ralph de Coggeshall vivia no condado de Essex, que era vizinho de Suffolk. Ele poderia ter tido acesso as pessoas diretamente envolvidas no caso. Na verdade, ele afirma nas suas "Crônicas Anglo-Saxônicas"... que frequentemente ouvia essa história do próprio fazendeiro Richard de Calne, para quem "Agnes" teria trabalhado como uma serviçal. Ao contrário, William de Newburgh, vivia num mosteiro remoto em Yorkshire, e não teria conhecimento desses eventos em primeira mão, embora ele tenha usado fontes contemporâneas, como ditas por ele mesmo: A história das crianças verdes permaneceu no imaginário popular ao longo da história, existem referências a ela no livro do autor Robert Burton "A Anatomia da Melancolia"... escrito em 1621, nele o autor sugere que as crianças teriam "caído do céu". Existe também uma descrição com base nas fontes do século doze... na "Mitologia das Fadas" de Thomas Keightley, escrito em 1828. Houve até mesmo um suposto segundo avistamento das crianças verdes, num lugar chamado "Banjos" na Espanha, em agosto de 1887. No entanto, os detalhes deste evento são quase exatamente os mesmos... do ocorrido em Woolpit e essa história se originou do livro... "Estranhos Destinos" de John Macklin, escrito em 1965. Não existe nenhum lugar chamado "Banjos" na Espanha... e esse conto é apenas uma releitura da história inglesa do século doze. Várias explicações foram apresentadas para o enigma das crianças verdes de Woolpit. Antes disso, é preciso que se diga que não existe nenhuma evidência clara sobre o casamento de Agnes, pois o único embaixador do Rei Henrique II com o sobrenome "Barre"... seria Richard Barre, um chanceler de Henrique II, Bispo de Ely... e legislador no final do século doze. Depois de 1202, Richard Barre se retirou tornando-se recluso num monastério, por isso é pouco provável que ele tivesse sido o marido de "Agnes". Uma das mais fantásticas teorias sobre as crianças verdes... propõe que elas teriam vindo de um mundo escondido dentro da terra, e que de alguma forma atravessaram um portal de uma dimensão paralela. Existe uma outra teoria que propõe que as crianças seriam alienígenas... e que acidentalmente teriam chegado na Terra. Um astrônomo escocês chamado Duncan Lunan... até escreveu um livro sobre o assunto... sugerindo que as crianças foram transportadas para a Terra... a partir de outro planeta por um defeito em um transmissor de matéria. As crianças verdes também foram citadas no conto "Pequenos na Floresta"... publicado pela primeira vez em Norwich em 1595. A floresta do título é provavelmente a Floresta de Wayland... que fica próxima da Floresta de Thetford na fronteira entre Norfolk e Suffolk. Essa história seria uma variação da história de Woolpit... que se passaria numa floresta nos arredores. A história é sobre um Conde da Norfolk Medieval... que era tio e tutor de duas crianças, um menino com três anos de idade e uma menina mais nova. A fim de herdar o dinheiro das crianças, o tio contrata dois homens para levá-los para a floresta e matá-los, mas eles são incapazes de fazê-lo e abandonam as crianças na Floresta Wayland... onde elas acabam morrendo de fome e de frio. Outra variação dessa mesma história... diz que as crianças teriam sobrevivido a um envenenamento por arsênio... e por fim apareceram para os camponeses. O arsênio foi apresentado por alguns como a razão para as crianças terem a pele verde, abrindo a possibilidade de que as crianças realmente existiram no século doze... e que o conto "Pequenos na Floresta" não poderia ser descartado... como parte de uma história real. A explicação mais aceita atualmente, e também controversa, foi apresentada por Paul Harris, num livro chamado Fortean Studies 4 em 1998. Sua teoria é mais ou menos a seguinte: Em primeiro lugar, o incidente teria ocorrido anos depois, mais precisamente em 1173, no reinado do sucessor do Rei Estevão, o Rei Henrique II. Naquela época havia uma imigração contínua de Flamengos... (Pessoas naturais da região de Flandres, no norte da Bélgica) eles eram geralmente mercenários ou comerciantes de tecidos... e essas imigrações aconteciam desde o século onze. Paul Harris afirma, que após Henrique II se tornar rei... estes imigrantes foram perseguidos, culminando em uma batalha em Fornham, próximo de Suffolk em 1173, onde milhares de pessoas foram massacradas. Paul Harris acha que as crianças verdes provavelmente viviam perto da aldeia de Fornham, o que coincidia com as informações de "Agnes". As aldeias são separadas pelo rio Lark, provavelmente o "grande rio" mencionado pela garota. Prosseguindo com a teoria de Paul Harris, depois que os pais das crianças foram mortos naquele conflito, as duas crianças flamengas fugiram para a fechada e escura floresta de Thetford. Harris acredita que se as crianças permaneceram escondidas ali... por um longo tempo e sem comida, elas poderiam ter desenvolvido um tipo de clorose. Vamos abrir um parênteses pra dizer o que significa clorose. Explicado isso, vamos voltar para a teoria de Paul Harris. Então devido a uma desnutrição elas teriam ficado com a pele com um tom esverdeado. Ele acredita também que eles ouviram o som dos sinos da Igreja de Saint Edmunds em Bury, e o túnel por onde as crianças diziam ter entrado seria uma das muitas passagens subterrâneas... de uma antiga mina, mina essa que seria do período Neolítico, por volta de oito mil anos antes de cristo. Foi provavelmente por essa mina que as crianças chegaram em Woolpit, e como deveriam estar subnutridas, usavam roupas estranhas... e falavam a língua flamenga, elas pareciam bem esquisitas para os camponeses dali... pois eles nunca haviam tido nenhum tipo de contato com os flamengos. Essas teorias de Paul Harris realmente são interessantes... e dão respostas plausíveis para muitos dos enigmas do mistério das crianças verdes. Mas a teoria de órfãos flamengos não se sustentaria por alguns aspectos. Quando o Rei Henrique II chegou ao poder e decidiu expulsar os mercenários flamengos... que eram empregados do Rei Estevão, os comerciantes de tecidos flamengos que viveram no país a várias gerações não foram afetados. Na batalha de Fornham em 1176, os mercenários flamengos foram utilizados para lutar contra os exércitos do Rei Henrique II, mas foram massacrados junto aos cavaleiros rebeldes que lutavam ao seu lado. Esses mercenários dificilmente teriam trazido as suas famílias com eles. Os soldados flamengos que restaram foram caçados e mortos pelo povo do local. Certamente um grande fazendeiro como Sir Richard de Calne ou alguém da sua família... teria sido educado o suficiente para reconhecer... que a linguagem que as crianças falaram era flamenga. Afinal de contas, ela deveria estar bastante difundida no leste da Inglaterra naquela época. Já sobre a teoria de que as crianças teriam se escondido na Floresta Thetford, que teriam ouvido os sinos da Igreja de Saint Edmunds em Bury... e que também teriam se deslocado através de passagens subterrâneas... Até chegarem a Woolpit tem alguns problemas de geografia. Em primeiro lugar, a Igreja de Saint Edmunds em Bury, ficava a 40 km da Floresta Thetford. Como as crianças poderiam ter ouvido os sinos de uma distância tão grande? Além disso, as passagens da antiga mina estão restritas somente a área da Floresta Thetford... e não há nenhuma passagem subterrânea que leva a Woolpit, e caso houvesse seriam quase 50 km da floresta até Woolpit, o que certamente é uma distância longa para duas crianças famintas percorrerem. Mesmo se as crianças verdes tivessem vindo de Fornham, ainda seria uma distância de 16 km a pé até Woolpit, e sobre o "grande rio" mencionado por "Agnes", o rio Lark é estreito demais para ser considerado assim. Há muitos aspectos do conto de Woolpit... que são encontrados em diversas crenças populares inglesas, alguns veem as crianças verdes como personificações da natureza, relacionadas com o "Homem Verde" ou "Jack de Verde". Talvez as crianças possam estar relacionadas com elfos e fadas... que até a um ou dois séculos atrás eram aceitos como reais... por muitas pessoas do país. Alguns dizem que a história das crianças verdes é um conto de fadas, se é, então ele termina de uma forma estranha... pois a menina nunca quis voltar para a sua casa no outro mundo, permanecendo no nosso casada e vivendo como uma de nós. Talvez o comentário escrito pelo Abade Ralph de Coggeshall... de que a garota era "liberal demais e de conduta indecorosa"... fosse uma sugestão de que ela ainda possuiria... alguns traços de personalidade de uma fada. A cor verde tem sido sempre associada com o outro mundo e o sobrenatural. O feijão verde era considerado "comida dos mortos". Lendas romanas afirmam que no continente perdido da Lemúria, havia um festival anual em que as pessoas costumavam ofertar feijões... para exorcizar os fantasmas malignos dos mortos que estavam nas suas casas. Na antiga Grécia, na Roma e no Egito, como também na Inglaterra Medieval, acreditava-se que os feijões continham as almas dos mortos. Embora a história Woolpit tenha suas origens no século doze, deve-se ter em mente que as crônicas da época, embora descrevessem acontecimentos políticos e religiosos, também descreviam muitas "maravilhas" e milagres que não seriam aceitos hoje, mas foram amplamente críveis na época, mesmo por homens e mulheres educados. Talvez, então, a estranha aparição das crianças verdes... seja um reflexo daqueles tempos conturbados... misturados com crenças populares locais de fadas e vida após a morte. Seja qual for a verdade sobre o assunto, a história das crianças verdes continuará sendo... um dos mistérios mais enigmáticos da Inglaterra.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Oxana Malaya A MENINA CACHORRO


    Ela anda de quatro na grama espessa, arquejando para a água com a língua para fora. Quando ela chega na torneira ela bate com a frente do pé no chão, bebe a água com a boca aberta e deixa a água escorrer sobre sua cabeça. Até este ponto, você pensaria que a garota está atuando - mas no momento que ela balança a cabeça e pescoço para se livrar das gotas de água, exatamente como um cachorro quando está molhado, você tem um sentimento estranho de que isto é algo além da imitação. Então, ela late. O som furioso que ela faz não é como um ser humano fingindo ser um cachorro. É uma exata e assustadora explosão de raiva canina e está vindo da boca de uma jovem mulher, vestida com short e camisa. Isto é uma Oxana de 23 anos revertendo ao comportamento que ela aprendeu quando era uma criança sendo criada por uma matilha de cães em uma fazenda decadente na vila de Novaya Blagoveschenka, na Ucrânia. Quando ela mostrou ao seu namorado o que ela um dia foi e o que ainda podia fazer - os latidos, os ruídos, a corrida de quatro "patas" - ele se assustou e o relacionamento deles acabou. Oxana é uma criança selvagem, uma de apenas 100 no mundo. A história começa quando ela tinha três anos e seus pais alcoólatras e negligentes deixaram ela de fora uma noite e ela foi até uma barraca onde eles deixavam alguns cachorros. Ninguém veio cuidar dela ou nem pareciam notar que ela estava sumida, então ela ficou onde tinha calor e comida - carne crua e restos - esquecendo do que era ser humana, perdendo a pouca linguagem que tinha e aprendendo a sobreviver como membra da matilha. "Eu falava com eles, eles latiam, e eu imitava. Esse era o nosso meio de de comunicação." conta Oxana. Depois de cinco anos, um vizinho reportou uma criança vivendo com animais. Quando ela foi achada, Oxana mal podia falar e corria de quatro latindo, imitando aqueles que cuidaram dela. Se tinha uma coceira atrás da orelha, ela coçava com o pé. Apesar de ela talvez ter visto humanos à distância, e parece ter entrado ocasionalmente na casa da família como uma vagante, eles não eram mais a sua espécie: toda a sua vida significativa estava contida num canil. Descoberta Julgando pela completa falta de documentos escritos sobre o seu estado físico e psicológico quando foi encontrada, as autoridades não pareciam querer documentar o caso dela - negligência neste estágio era muito vergonhoso para reconhecer - apesar de ser de grande e contínuo interesse para psicólogos que acreditam que crianças selvagens podem ajudar a resolver o debate natureza-educação. O que se sabe sobre "a Garota-Cachorro" foi passado de ouvido para ouvido, por doutores e cuidadores de pessoas com deficiência. "Ela era como um animal pequeno. Ela andava sobre os quatro membros. Ela comia como um cachorro," ficava mais científico à medida que o tempo passava. Em 2006, a psicóloga infantil britânica e especialista em crianças selvagens Lyn Fry, foi à Ucrânia com uma equipe do Channel 4 para conhecer Oxana, que vive hoje em uma casa para deficientes mentais. Cinco anos após um documentário na Discovery Channel sobre ela, eles queriam saber se ela havia integrado na comunidade. Fry estava ansiosa para saber o quão danificada a garota estava - e para testemunhar a reunião com o pai dela. "Eu esperava alguém muito menos humano," disse Fry, a primeira especialista não-ucraniana a conhecer Oxana. "Eu tinha ouvido histórias de que ela perdia o controle, que ela não cooperava, que ela era socialmente inepta, mas ela fez tudo que eu pedi para ela fazer." "A linguagem dela é estranha. Ela fala de maneira direta como se fosse uma ordem. Não há cadência, ritmo ou música na fala dela, nenhuma inflexão ou tom. Mas ela tem senso de humor. Ela gosta de ser o centro das atenções, de fazer as pessoas rirem. Se mostrar é uma habilidade surpreendente quando você considera as origens dela." "Ela fez uma impressão impressionante em mim. Quando eu fiz um presente para ela com alguns brinquedos de madeira de animais que nós usamos em alguns testes, ela me agradeceu. Superficialmente, você nunca saberia que essa era uma jovem mulher criada por cachorros." No filme, Oxana parece descoordenada e com modos de garoto. Quando ela anda, você nota o modo de andar pesado dela e os ombros oscilantes, o olhar semi-cerrado intermitente e os dentes meio deformados. Apesar disso, ela é muito bonita. Como um cachorro com um osso, o seu primeiro instinto é esconder tudo que lhe é dado. Ela tem apenas 152 cm mas quando brinca com os amigos, empurrando, há um palpável ar de ameaça e força bruta. Depois de uma série de testes cognitivos, Fry concluiu que Oxana tem a capacidade mental de uma criança de seis anos e um baixíssimo limite de tédio (se entedia facilmente). Ela pode contar mas não somar. Ela não lê nem soletra o nome dela corretamente. Ela tem dificuldades de aprendizado, mas não é autista, como é pensado que as crianças criadas por animais são. Ela tem orgulho do seu grande relógio de punho como os seus vários toques musicais - mas não sabe dizer as horas. Especialistas concordam que a não ser que uma criança aprenda a falar até os cinco anos, o cérebro fecha a janela de oportunidade de aprender uma língua, uma forte característica de ser humano. Oxana conseguiu aprender a falar de novo porque ela tinha uma fala infantil antes de ser abandonada. Em uma escola de orfanato, eles ensinaram ela a andar de pé, a comer com as mãos e, crucialmente, a se comunicar como um ser humano. A definição de criança selvagem é alguém que, desde uma pequena idade, viveu isolada do contato humano, inconsciente do comportamento social humano e sem ser exposta à linguagem. Por uma intérprete, Oxana disse à Fry que a mãe e o pai "esqueceram completamente de mim." Eles brigavam e gritavam. A mãe batia nela e ela urinaria em terror. Ela diz que ela ainda vai sozinha à floresta quando está chateada. Você tem que supor que voz, de humano ou de animal, ela usa quando chega lá. Apesar de saber que é socialmente inaceitável latir, ela certamente pode, como as primeiras cenas do documentário Feral Children mostram. Lisa Plasco, produtora executiva, diz: "Ela foi educada longe de todos os aspectos do passado dela. Mas privadamente, eu acho que ela late. O volume do som pode ter sido aumentado no filme, mas ela certamente fez aqueles barulhos." Foi uma similar demonstração de comportamento canino que assustou o seu recente namorado. "Ser confrontado com o que ela era, disse Fry, o fez largar ela." Reencontro com o pai Oxana parece estar feliz cuidando de vacas na fazenda nada sadia da Baraboy Clinic, fora de Odessa. "Era suja, terrivelmente acabada e primitiva," disse Fry, "mas em termos ucranianos, muito desejável." As pessoas que cuidam dela são boas pessoas com os melhores interesses em seus cargos, mas não há nenhuma terapia. "Oxana está fazendo as coisas nas quais ela é boa." Foi lá que a reunião com o pai aconteceu em 2006. Já a mãe, quem Oxana não vê desde a infância, não há sinal. "Nós sabíamos que ela queria muito conhecer ele," disse Plasco, "e nós facilitamos isso, mas não armamos." Fry estava ansiosa sobre a maneira que o encontro aconteceu: Oxana parada sozinha enquanto o distante pai e a meia-irmã, Nina, quem ela nunca conheceu, vinham lentamente em direção a ela, câmeras acompanhando. Alguns amigos, ansiosos, viam o espetáculo de longe. "Eu achei uma boa idéia para eles se encontrarem, mas muito arriscado. Eu sentia que qualquer coisa poderia acontecer. Poderia ter separado eles permanentemente. Era muito tenso. Era preciso ter alguém atrás dela, segurando sua mão." No filme, eles ficaram sem jeito, separados e demorou muito para alguém falar. Oxana quebrou o silêncio. "Oi," ela disse. "Eu vim," respondeu o pai. A conversa se desenrola formalmente. "Eu o agradeço por você vir. Eu queria que você me visse tirar o leite das vacas." Nina é quem começa a chorar e Oxana coloca o braço em volta dela. Oxana teve uma noção romantica de retornar a viver com o pai empobrecido, mas é de se duvidar se isso vai acontecer. Fry acha que ela vai passar um tempo, ver a realidade da vida lá e depois retornar à rotina. Será que Oxana é capaz de uma vida além da instituição? Fry duvida. "Ela não tem habilidade social e pessoal. Ela teve namorados mas não consegue formar relacionamentos muito longos ou entender dar-receber. Ela iria preferir acabar do que se comprometer. Ela é uma pessoa muito vulnerável e não há proteção a ela fora da instituição." A Garota-Cachorro vai continuar a ser objeto de exame científico mas a triste realidade é essa; apesar da melhora da sua terrível história ter percorrido um longo caminho, provavelmente não pode ir muito além. Como está oxana malaya hoje? Hoje aos 34 anos, ela faz parte da lista de cerca de 100 pessoas conhecidas no mundo como 'criança-selvagem', ou seja, criada com animais. Hoje em dia Malaya, supostamente, cuida de vacas na fazenda da casa onde ela reside, em Baraboy,Odessa, o que seria um local destinado à pessoas com deficiência mental.  

    Victor Aveyron história incrível


    A mais célebre criança selvagem que inspirou inúmeros livros 
    (alguns científicos, outros nem tanto) e teve sua vida levada para as telas de cinema pelo diretor francês François Truffaut no belo O Garoto Selvagem, de 1969. Foi conhecido primeiro como Selvagem de Aveyron e, mais tarde, chamado de Victor pelo médico e educador francês Jean Itard, que se encarregou de sua criação. O menino foi encontrado por caçadores em 1799, com cerca de 12 anos, vagando por bosques na França. Estava nu, sujo, mordido e arranhado, se alimentava de nozes e raízes. Tinha 23 cicatrizes causadas por mordidas de animais e outra, no colo, por uma provável facada. Andava trotando, farejava o que lhe davam, roía os alimentos, amava os campos e tinha aversão a usar roupas e a comer alimentos cozidos. Não falava, apenas emitia sons guturais. Seus olhos não se fixavam ou demonstravam expressão. Seu tato, olfato e audição eram aparentemente insensíveis.” (RIBEIRO, 2006, p. 01) (Fonte: RIBEIRO, Flavia. Humanos criados como animais: Coração selvagem. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2016) A história do menino Victor Aveyron talvez seja aquela em que os pesquisadores mais tenham evidências de uma criança criada por animais. Victor foi educado por Jean Itard em 1800, quando desenvolveu um programa que utilizava meios médicos e pedagógicos. Embora não tenha obtido o êxito esperado, esse fato marcou a vida do médico francês, que passou a ser considerado!

    Crianças realmente selvagens(DOCUMENTÁRIO)


    Contos de crianças vivendo e sobrevivendo com animais sempre nos fascinou por séculos, impressionante documentário, sobre vários casos, como o de AMALA E CAMALA, OXAMA MALAYA, TARZAN, E OUTROS ...! O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e tem sua origem da necessidade humana de contar e ouvir histórias. Passa por narrativas orais de povos antigos, trilhando pelos gregos e romanos, pelas lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é conhecido hoje. A estrutura do conto é formada por situação inicial, desenvolvimento e situação final. Essa divisão é parte importante para composição do enredo. Dessa forma, na construção do conto, ocorrem os elementos da narrativa, que são: foco narrativo, espaço, tempo e verossimilhança. Devido à necessidade de contextualizar a narrativa, o conto sofreu diversas transformações ao longo da história. Atribuição do texto-e continuação https://www.portugues.com.br/literatura/o-conto-suas-demarcacoes-.html  

    AMALA E KAMALA




    As irmâs Amala e Kamala, também conhecidas como as meninas lobo, foram duas crianças selvagens encontradas na Índia no ano de 1920. A primeira delas tinha um ano e meio e faleceu um ano mais tarde. Kamala, no entanto, já tinha oito anos de idade, e viveu até 1929.[1] Elas agiam como filhotes de lobo, de forma incomum. A história dessas crianças intriga a muitas pessoas. Suas idades presumíveis eram por volta de 2 e 8 anos. Deram-lhes os nomes de Amala e Kamala, respectivamente. Após encontrá-las, o Reverendo Singh levou-as para o orfanato que mantinha na cidade de Midnapore. Foi lá que ele iniciou o penoso processo de socialização das duas "meninas-lobo". Elas não falavam, não sorriam, andavam de quatro, uivavam para a lua e sua visão era melhor à noite do que ao dia. Amala, a mais jovem, morreu com dois anos e meio de idade devido à adaptação dolorosa ao abrigo (como ela não tinha a alimentação que ela estava acostumada, de carne crua e podre). Kamala viveu durante oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de 50 palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Ela chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras crianças com as quais viveu. 
     Controvérsias -Devido a muitas diferentes versões, a história delas sustentava testemunha outra senão o próprio Reverendo Singh, onde persistem consideráveis controvérsias relacionadas com a veracidade da história. A maioria dos cientistas consideravam Amala e Kamala crianças com emburrecimento mental e defeitos congênitos. O "mito" de ter sido criadas por lobos é uma antiga concepção Indiana para explicar o comportamento animalesco de crianças abandonadas com defeitos congênitos. Estudos Recentes De acordo com o cirurgião francês Serge Aroles, é possível garantir que as duas não tinham nenhum tipo de deficiência, o caso de Amala e Kamala é a farsa mais escandalosa relacionada a crianças selvagens. Em seu livro "L'Enigme des enfants-loup" (2007), Aroles descreve sua pesquisa acerca do caso. Ele varreu arquivos e fontes desconhecidas oficialmente e concluiu: O diário original o qual Singh dizia ter escrito "dia após dia durante a vida das duas garotas-lobas" é falso. Ele foi escrito na Índia depois de 1935, seis anos após a morte de Kamala (O manuscrito original é mantido na divisão de manuscritos da biblioteca dos Estados Unidos do Congresso em Washington, D.C.); A foto mostrando as duas garotas-lobas andando de quatro, comendo carne crua, e outros, foram tiradas em 1937, depois da morte das garotas. As fotos, na verdade, mostram duas garotas de Midnapore posando a pedido de Singh. O corpo e rosto da garota nas fotos são totalmente diferentes do corpo e rosto de Kamala, como se pode ver em suas verdadeiras fotos; De acordo com o médico responsável pelo orfanato, Kamala não tinha nenhuma das anomalias inventadas por Singh, tais como dentes longos e pontudos, locomoção de quatro com articulações rígidas, visão noturna com emissão de um brilho azul intenso a partir de seus olhos, durante a noite; De acordo com diversos depoimentos não confiáveis coletados em 1951-1952, Singh costumava bater em Kamala para fazê-la agir como descrito na frente de visitantes; A fraude foi desenvolvida para ganho financeiro. Aroles mostra cartas entre Singh e o Professor Robert M. Zingg, nas quais Zingg expressa sua crença no valor financeiro da história; Depois de suas publicações do diário de Singh, Zingg enviou US$500 para Singh, que estava desesperadamente precisando de dinheiro para manter seu orfanato; Após algum tempo foi comprovado por especialistas que Kamala tinha defeitos mentais, afetada pela Síndrome de Rett.

    No século doze, duas crianças verdes foram encontradas ,Crianças verdes de Woolpit

    No século doze, duas crianças verdes foram encontradas por trabalhadores do local... nos campos de uma aldeia chamada Woolpit. Localizada n...